terça-feira, 15 de novembro de 2011


VIDA PESSOAL-Antoine Laurent Lavoisier


Laurent de Lavoisier nasceu em Paris,França, em 26 de agosto de 1743


 Antoine Laurent Lavoisier nasceu rico,  no dia 26 de agosto de 1743.  Seu pai conseguiu adquirir um título de nobreza,  porque ele e os avôs de Lavoisier eram advogados renomados e conseguiram fazer fortuna.  Tendo esse título, abrem-se algumas portas para Lavoisier, como por exemplo, os estudos.  Estudou num dos melhores colégios da França, o Colégio Mazarin.  Ingressou na Faculdade de Direito aos 18 anos. Gostava de fazer excursões científicas em Paris.
            Observando o professor Guillaume Rouelle (que gostava de provocar explosões para chamar a atenção) é que começou a se interessar por química. Depois de formado, aos 23 anos, recebeu  herança da mãe no valor de 100 mil libras e o pai lhe deu mais 200 mil  para começar a vida.  Dinheiro mais do que suficiente para que ele se dedicasse à pesquisa científica. Porém, aos 25, quando já era membro  da Academia de Ciências, decidiu entrar para  o mundo dos negócios.
            Na época, existia na França,  uma associação de coletores de impostos, chamada Ferme Générale, criada pelo próprio sistema monárquico, que autorizava quem participasse dela a recolher impostos altíssimos e ficar com eles para si próprio. Para ser um coletor, a pessoa deveria desenbolsar para a corte a bagatela de 1,5 milhão de libras.  Lavoisier pediu emprestado e juntou com o que já tinha, conseguindo somar a quantia de 500 mil libras, e comprou um terço da cota.
            Esse sistema de coleta de impostos era extremamente abusivo.  Na Ferme Générale,  Lavoisier conheceu alguém que assim como ele, não era extremista. Seu nome: Jacques Paulze. mas seu interesse pairava mesmo sobre sua filha : Marie Paulze, então com 14 anos. Marie, que estava prestes a se casar com um nobre arruinado de 50 anos, logo resolveu se livrar dele. Resultado: casaram-se.
             Ela se interessava por ciências e colaborou com afinco com as experiências do marido: fazia anotações, ilustrações perfeitas, lustrava a aparelhagem e traduzia as obras científicas do inglês para o francês e vice-versa. Ele não tinha muito tempo para suas experiências, pois tinha muitos encargos. Ainda assim, organizava-se reservando horário das 6 as 8 da manhã e das 7 às 10 da noite. E dedicava um dia da semana aoa seus estudos, o qual chamava de "dia de felicidade".Ele viveu na época em que começava a Revolução Francesa, quando o terceiro estado (camponeses, burgueses e comerciantes) ficaria com o poder da França.
Foi morto pela mesma, pois era muito mal visto pela população, que pensava que, por ser de uma família nobre, Lavoisier, também, participava do corrupto sistema cheio de impostos sobre a sociedade.
Foi guilhotinado após um julgamento sumário em 8 de Maio de 1794. Joseph-Louis de Lagrange, um importante matemático, contemporâneo de Lavoisier disse: "Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo".
Lavoisier e sua mulher, Marie Paulze
 

CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS



Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria. Além disso identificou e batizou o oxigênio, refutou a teoria flogística e participou na reforma da nomenclatura química. Lavoisier não descobriu exatamente o oxigênio. Este gás foi descoberto independentemente por dois químicos: Carl Wilhelm Scheelee em 1772 e Joseph Priestley em 1774. Em Outubro de 1774, Priestley visitou Paris e conversou com Lavoisier sobre as suas experiências. Este fato permitiu a Lavoisier refazer as experiências de Priestley e reformulá-las. Dessa forma, Lavoisier ficou a compreender melhor as características do novo gás. E ainda confirmou que a combustão e a calcinação correspondem à combinação do oxigênio com outros materiais (materiais orgânicos na combustão e metais na calcinação).
Lavoisier deu ao novo gás o nome de oxigênio (produtor de ácidos em grego), porque considerava (erroneamente) que todas as substâncias originadas de uma calcinação originavam ácidos, em que o oxigênio se encontrava obrigatoriamente presente. em 1785 descobriu a Lei de Conservação das Massas, que recebeu o nome de Lei de Lavoisier em homenagem ao seu criador. Lavoisier fez inúmeras experiências nas quais pesava as substâncias participantes, antes e depois da reação. Lavoisier verificou que a massa total do sistema permanecia inalterada quando a reação ocorria num sistema fechado, sendo assim, concluiu que a soma total das massas das espécies envolvidas na reação (reagentes), é igual à soma total das massas das substâncias produzidas pela reação (produtos), ou seja, num sistema fechado a massa total permanece constante. Para compreender melhor a Lei de Lavoisier considere a experiência: Coloca-se 65 g de zinco dentro de um vidro contendo 98 g de ácido sulfúrico e em seguida fecha-se o vidro. Na reação química que ocorre entre as duas substâncias há formação de sulfato de zinco e desprendimento de hidrogênio. A massa do sulfato de zinco somada com a massa do hidrogênio desprendido será de 163 g.
Através do experimento podemos chegar à mesma conclusão que Lavoisier: Em um sistema fechado, quando duas ou mais substâncias reagem entre si, a massa total dos produtos é igual à soma das massas dos reagentes. Durante as reações químicas não há criação nem perda de massa, o que ocorre é a transformação das substâncias reagentes em outras substâncias.
É bom frisar que, depois de Lavoisier enunciar esta lei, outros cientistas fizeram novas experiências que visavam testar a hipótese proposta por ele e, mesmo ao utilizarem balanças mais modernas, de grande sensibilidade, os testes confirmaram o enunciado proposto.Mais tarde foi imortalizado pela frase popular:
— "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."




Curiosidades

Queimar coisas com uma lente de aumento pode parecer coisa de criança levada. Mas, no século XVIII, o químico francês Antoine Lavoisier já usava a técnica. Lavoisier construiu uma combinação de lentes potente o suficiente para derreter ligas metálicas — usando, claro, apenas a luz solar. Apesar da eficiência, a lupa gigantesca de Lavoisier não foi a maior já feita. Na vila francesa de Mont Louis, ainda na Idade Média, os moradores construíram uma lente de 12 metros de diâmetro, com o único intuito de concentrar a luz solar.


No livro ´Breve história de quase tudo´, de Bill Bryson, é citado uma curiosa história sobre uma das estátuas de Antoine Lavoisier:
Trecho do livro:
Cem anos após sua morte, uma estátua de Lavoisier foi erguida em Paris e muito admirada, até que alguém observou que não se parecia nem um pouco com ele. Ao ser interrogado, o escultor admitiu que usara a cabeça do matemático e filósofo marquês de Condorcet – aparentemente ele tinha uma de reserva – na esperança de que ninguém notasse a diferença ou, se notasse, que não se importasse. No segundo aspecto ele tinha razão. A estátua de Lavoisier-mais-Condorcet foi deixada no mesmo lugar por meio século, até a Segunda Guerra Mundial, quando, certa manhã, foi levada embora e fundida como sucata. (pág 110)
No entanto, existem pelo menos duas estátuas verdadeiras de Lavoisier.
Uma delas está no Hôtel de Ville, em Paris (imagem abaixo).
E outra no Cour Napoléon, Louvre.



















Bibliografia

EQUIPE:
Caio da Silva Pontes  n°6
Miguel Alves n° 32
Ítalo Magalhães n° 21
Matheus Maia n°31
Andrey Pompeu n° 5
Eaden Neto n°11







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